O medo paralisa, comprime o individuo. O medo trai, engana, destrói. Conheço homens que tem medo das mulheres, não é misoginia, é medo, um medo irracional de se confrontar com emoções que não se pode controlar, o medo de ser manipulado por essas emoções. A fragilidade gera medo. A pusilanimidade provoca uma tormenta de sentimentos que inferioriza, aniquila o ego, reduz o ser a uma escravidão. Ser escravo do receio de viver, de existir, recrudesce o medo tal forma que ficamos assoberbados. Certa noite estava desperto mas sonhei na escuridão que tinha sido preso. Já na prisão colocaram-me numa cela e perguntei ao guarda porque ali estava, a resposta foi que eu existia, e que ali cessava de existir. Há pessoas que vivem neste pesadelo, é um pesadelo premeditado, pois há pessoas que não querem existir. Querem ser espectros invisíveis. A invisibilidade pode ser um conforto, o bem-estar do anonimato é não sofrer. Podemos ser muito infelizes se existimos, mas se formos invisíveis, ninguém nos quer tocar, assim não há tanto sofrimento.
11/15/2009
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário