Einstein acreditava que Deus não jogava aos dados. Tinha uma visão do universo unificada, dado que, se temos um Deus criador de todas as coisas, as leis que regem a gravidade são em tudo semelhantes as que regem o nosso pensamento. Einstein quis encontrar esta teoria unificadora, que permitisse explicar qualquer fenómeno físico, mas não o conseguiu. Hoje esta ideia está ultrapassada, a mecânica quântica implica incerteza, ou incertezas. Na biologia sabemos que a evolução é um processo ocasional, decorrente de pequenas alterações aleatórias que ocorrem durante a mitose ou devido a uma mutação. Sabemos perfeitamente que a razão não determina todos os nossos actos. Ou seja, a ciência moderna não nos dá certezas, dá-nos acasos, incertezas, e imprevisibilidade. No Iluminismo estávamos convictos que razão e ciência combinavam-se na perfeição, éramos positivistas, poderíamos sem sombra de dúvida resolver as maleitas do mundo, porque tínhamos o processo cientifico para nos ajudar. Hoje não existe essa convicção, a ciência dá-nos um caminho, mas existem perigos, caminhos sinuosos que nos podem conduzir a destruição. Para evitar passos periclitantes temos que ser prudentes e exigentes.
11/11/2009
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